Entre os vários Ritos maçónicos, este Rito ocupa uma posição particular desde a sua origem. Tem o seu lugar entre os ritos egípcios que “beberam” na fonte das antigas tradições iniciáticas do mediterrâneo: pitagóricos, autores herméticos alexandrinos, neoplatónicos, sabeístas, ismaelitas. Foi necessário aguardar a chegada do século XVIII para encontrar os seus tragos na Europa. Foram numerosos esses Ritos e Rituais, porém, apenas dois chegaram até nós: o Rito de Misraïm e mais tarde o Rito de Memphis.
O Rito de Misraim foi fundado em Veneza em 1788. A sua filiação veio através de Cagliostro, que o dirigiu com os Graus Menores da Grande Loja da Inglaterra e os Altos Graus da Maçonaria Templária Alemã. O Rito difundiu-se rapidamente em Milão, Génova, Nápoles e apareceu em França com Michel Bedarride, que recebeu o Grão-Mestrado em 1810, em Nápoles.
De 1810 a 1813 os três Irmãos Bedarride desenvolveram o Rito de Misraïm em França, de certa forma sob a proteção do Rito Escocês. Ilustres Maçons pertenceram ao Rito, tais como o Conde Muraire, Soberano Grande Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceite, o Duque Decazes, o Duque de Saxe-Weimar, o Duque de Leicester e o Tenente Coronel de Teste, entre outros.
O Rito de Memphis foi constituído em Montauban em 1815, por Maçons que em 1799 haviam participado, com Napoleão Bonaparte, na Missão do Egipto. A esses dois Ritos foram adicionados os Graus Iniciáticos que vieram de Obediências Esotéricas do século XVIII: o Rito Primitivo e o Rito dos Philadelphos, entre outros.